sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
VEREADOR JOSANDRO CAVALCANTE FALA SOBRE VOLTA DAS ATIVIDADES PARLAMENTARES EM 2010.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Ex-prefeito terá de devolver quase R$ 300 mil ao Ministério da Saúde
Ofício enviado pelo Ministério da Saúde ao ex-prefeito
Além do suposto superfaturamento, funcionários do Ministério da Saúde que vieram de Brasília constataram que a Prefeitura não tinha controle de recebimento nem de entrega dos medicamentos. “Tudo o que é comprado pela Prefeitura tem de ter a assinatura do chefe do Setor de Almoxarifado, atestando o material recebido, o que não ocorreu na entrega dessa compra feita pelo ex-gestor”, explica Josandro.Os fiscais do Ministério da Saúde não encontraram sequer as requisições de entrega dos remédios adquiridos. “Estou juntando toda a documentação para entregar ao Ministério Público Federal, onde tudo será apurado com mais eficiência pelas autoridades daquela instituição”, adianta o vereador.
Ácido acetilsalicílico comprimidos 200mg - superfaturado em 109,22%
Carbamazepina comprimidos – superfaturado em 244,02%
Furosomida comprimido 40mg – 131,90%
Matronidazol creme vaginal – 99,76%
Metronidazol suspensão oral 40mg/ml superfaturado em 9,20%
Mebendazol comprimido 100mg superfaturado em 29,56%
Sulfamentoxazol + Trimetropima comprimidos – superfaturados em 30,36%
Acido acetilsalicílico 100mg – superfaturado em 79,19%
Sulfato Ferroso comprimidos 40mg – superfaturado em 13,33%
Paracetamol solução oral 200 mg/ml - superfaturado em 200,07%
Hidórxio de Magnésio suspensão - superfaturado em 100,91%
Mebendazol suspensão – superfaturado em 29,22%
Atualizado em 23/01/2010 18:03
Da Redação da Agência ContilNet
domingo, 10 de janeiro de 2010
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DO ACRE INVESTIGA SUCESSÃO DE ESCÂNDALO E DESMANDOS NA PREFEITURA DE SENA MADUREIRA
Vereador Josandro Cavalcante (PSDB) fez a denúncia junto com mais dois parlamentares ao Ministério Público Federal
Oposição diz que ex-prefeito queria ser denunciado
O vereador Josandro Cavalcante (PSDB) diz que as denúncias são graves e evidenciam desvio de recursos provenientes do governo federal. “Fizemos a denúncia porque está claro e evidente que os serviços do convênio não foram feitos, mas o dinheiro foi pago”. “Como representante do povo, não posso me omitir, por isso eu, Caju Diniz e Zenil Chaves levamos a denúncia ao MPF”, frisa. O parlamentar mora na Rua Nunes Simão Jorge, uma das que deveriam ser asfaltadas. “Creio que o prefeito queria justamente ser denunciado”, provoca.
“Como representante do povo, não posso me omitir, por isso eu, Caju Diniz e Zenil Chaves levamos a denúncia ao MPF”, frisa.
O parlamentar mora na Rua Nunes Simão Jorge, uma das que deveriam ser asfaltadas. “Creio que o prefeito queria justamente ser denunciado”, provoca.
Adoneison de Sousa Miranda, 19 anos, é deficiente físico e só pode sair da rua onde mora para ir à escola no verão.
“Existia um acordo entre a Prefeitura e eu, que não posso contar”, revela empreiteiro
Ao falar sobre as obras inacabadas da Prefeitura de Sena Madureira, o empreiteiro Francisco Furtado d’Ávila, o Chico Conegune, proprietário da construtora Madureira - com sede em Santa Rosa do Purus –, disse que a maioria das denúncias que são feitas por vereadores do município contra a sua empresa é infundada. “Nunca deixei uma obra pela metade. As ruas que ainda não foram concluídas serão entregues à população até o final de setembro deste ano. Os vereadores, autores dessas denúncias, deveriam procurar saber como as coisas aconteceram”, ataca.No entanto, quando a reportagem pergunta sobre qual o destino do dinheiro das seis ruas que receberam asfalto apenas no papel o empreiteiro afirma que tem pouca explicação a dar. “Na verdade, não sei o que falar sobre isso”, declara no primeiro momento da entrevista.No decorrer da conversa com a Agência ContilNet, Conegune disse que usou o dinheiro das ruas Mirian Chaves, Projetada, Nunes Simão Jorge, José César da Silva, Alaice Miranda e Almeida Brito para pavimentar a Rua Siqueira Campos. A ContilNet continuou com as perguntas. - Senhor Conegune, então o que fez com o dinheiro da Siqueira Campos, que também foi liberado pelo ex-prefeito Nílson Areal à sua empresa?- Vocês sabem quanto custa o quilômetro de asfalto? Custa mais de dois milhões de reais. Ele mesmo perguntou e respondeu.Chico Conegune disse depois que o dinheiro liberado foi muito pouco, que não daria para pavimentar todas as ruas licitadas pela Prefeitura. Ao ser indagado mais uma vez por que os serviços das ruas não foram realizados, ele comentou: “Existia um acordo entre a Prefeitura e eu, que não posso contar”.
Dinheiro liberado para construir estádio some nas mãos de Nilson Areal
Não foi na administração do ex-prefeito Nílson Areal que conseguiram desenterrar a cabeça do burro que dizem estar enterrado no Estádio Marreirão, o único da cidade. O local, que alimentou polêmicas em várias administrações municipais, hoje parece mais um cemitério abandonado.Mas, o pior de tudo, não é somente isso. Parte do dinheiro liberado pelos governos federal e estadual para a reconstrução do estádio teve destino desconhecido, conforme mostram as notas fiscais e outros documentos da Prefeitura de Sena Madureira entregues ao Ministério Público Federal pelos vereadores Josandro Cavalcante, Zenil Chaves e Caju Diniz.De acordo com o relatório enviado pelos vereadores ao MPF, diante do que foi especificado no contrato, a firma Serviços de Edificações LTDA- SEV – não poderia receber pagamentos relacionados aos serviços de eletricidade nem os da construção de túnel, a não ser que existisse algum aditivo que estivesse especificado no edital de licitação da obra.“É estranho a medição da elétrica no valor de R$ 69.181,40. A nota fiscal de número 0054 de 20/05/2008, que deveria estar conforme a medição, refere-se ao pagamento de serviços prestados na construção e reforma de arquibancadas”, diz um trecho do relatório.Com relação ao pagamento da nota fiscal 0039, de R$ 381.725,70, o relatório constata: “Se o serviço foi realizado, sua legalidade de como foi executado o pagamento à firma um dia após a assinatura do contrato e da emissão da ordem de serviço (19/11/07) deixa claro que o pagamento antecipado beneficiou a empresa, contrariando a legislação”. Além dessas irregularidades, os recibos apresentados como pagamento dos serviços prestados à empresa SEV foram feitos pela própria Prefeitura, um deles sem identificação dos serviços e os demais sem data.“A nota fiscal de número 0007, emitida em 18/04/2008, está com rasuras, e o valor pago está diferente do valor da medição correspondente”, atesta o relatório.Segundo os comprovantes de pagamento, houve despesas com os recursos do Ministério da Defesa, os quais eram R$ 975.270,00, enquanto a contrapartida da Prefeitura foi de R$ 257.775,93. A Prefeitura, de acordo com documentação apresentada, alega que a empresa SEV realizou mais de 90% dos serviços, restando apenas verificar se a obra realmente estava concluída, já que o prazo para sua execução se encerrou.“Há indícios que confirmam muitas irregularidades na execução do convênio firmado entre a empresa SEV e a Prefeitura de Sena Madureira. O prazo para sua execução expirou em 3 de novembro de 2009”, lembra o vereador Josandro Cavalcante.
Trabalhadores tiveram de acionar Justiça do Trabalho para receberem pagamentos
O armador de ferragem Jesuíto Soares de Lima, 31 anos, procurou a Justiça do Trabalho para receber o pagamento pelos serviços prestados à empreiteira Serviços de Edificações LTDA–SEV. Com ele, estavam cerca de vinte trabalhadores que também não receberam dinheiro por seus trabalhos. A maioria dessas pessoas teve de negociar seus pagamentos, ou melhor, receber valor inferior pelo tempo em que trabalhou no Estádio Marreirão. “Ou a gente aceitava a proposta oferecida por eles [diretores da empresa] ou corria o risco de não receber nada”, comenta Jesuíto.Ele revela que só recorreu à Justiça em virtude de o proprietário da empresa ter dito que não lhe pagaria. “Ele simplesmente disse que não ia me pagar, daí decidi procurar meus direitos na Justiça, já que trabalhei muitos dias das sete da manhã às dez da noite fazendo ferragem”, conta. A mesma história é repassada por Maykon Barbosa da Silva, 26 anos, que trabalhou seis meses como vigia no estádio. Ele foi demitido por se recusar a comer os restos de comida de um representante da firma. “Eu pedi para almoçar na minha casa, mas ele me mandou comer no Marreirão o resto do seu marmitex. Como não aceitei, ele me demitiu. Daí, fui embora”, relata.Difícil foi para Maykon receber os salários dos meses em que trabalhou. “Tive de procurar a Justiça junto com outros companheiros. A desculpa que eles nos davam é de que a Prefeitura não lhes pagava”. Casado e pai de quatro filhos, o vigia viveu momentos angustiantes nos meses que lutava para receber pelo trabalho que prestou à empresa contratada pela Prefeitura.Geraldo Augusto da Costa, 42 anos, é ajudante de pedreiro. Ele diz que lutou muito para conseguir um emprego na SEV, por causa de muitas exigências dos representantes da empresa. “Fiquei feliz por ter conseguido um trabalho, mas depois me arrependi amargamente”, lamenta com um ar de revolta.Para receber seu dinheiro, precisou esperar alguns meses, e só obteve o que lhe era de direito porque, a exemplo de outros empregados da firma, protocolou ação na Justiça do Trabalho.
Wanderley Zaire pede à Polícia Federal investigação de denúncias
A Agência de Notícias ContilNet esteve na Prefeitura de Sena Madureira para ouvir explicações acerca das denúncias contra o ex-prefeito Nílson Areal. O secretário de Administração, Cirleudo Alencar, revelou que o prefeito em exercício, Wanderley Zaire, determinou desde o primeiro dia em que assumiu o cargo - 25 de setembro do ano passado – a realização de um levantamento geral sobre a situação de todas as secretarias do município.Há pouco mais de um mês, destaca o secretário, o prefeito atendeu a uma solicitação do vereador Josandro Cavalcante para obter cópias de alguns convênios firmados entre a Prefeitura e as empreiteiras responsáveis por algumas obras em andamento e por outras que ainda não iniciaram.“O prefeito atendeu à solicitação do vereador, que descobriu uma série de irregularidades da administração passada. Então, tivemos o cuidado de encaminhar nossas justificativas ao Ministério Público, que também pediu explicações a outras instituições responsáveis pela fiscalização de aplicações de verbas federais”, divulga o secretário.Cirleudo adianta que a Prefeitura já notificou as firmas e cancelou algumas licitações. “O prefeito Wanderley Zaire também já pediu investigação da Polícia Federal em todas as denúncias apresentadas contra a Prefeitura, e demos prazo até o dia 20 de janeiro para que os proprietários das empresas envolvidas nas possíveis irregularidades expliquem as denúncias feitas pelos parlamentares”. Ele confirmou à reportagem da ContilNet que a análise da situação de todas as secretarias vai chegar ao prefeito Wanderley Zaire até o fim deste mês.
Polícia Federal intima prefeito cassado
A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar as possíveis irregularidades na execução do convênio entre a Prefeitura de Sena Madureira e o Ministério da Defesa, para a construção do Estádio Marreirão, na administração de Nílson Areal. O delegado Agnaldo Medonça Alves já intimou o ex-prefeito para comparecer à sede da Polícia Federal no Acre, no dia 11 de março, quando prestará depoimento a respeito das acusações de desvio de verbas federais.
Jaidesson Peres, da Agência ContilNet.